Associação criminosa voltada a compra e venda de pontos em CNH é alvo de operação

A Polícia Civil do Paraná  prendeu 13 pessoas durante operação, deflagrada nesta quarta-feira (17), contra associação criminosa voltada a compra e venda de pontos em Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Dos presos, sete foram presos por mandados de prisão temporária e seis foram autuadas em flagrante por posse/porte de arma de fogo, durante o cumprimento de 119 mandados de busca e apreensão. 

Cerca de 250 policiais estiveram nas ruas para cumprir as ordens judiciais em 14 cidades do Paraná: Curitiba, São José dos Pinhais, Maringá, Marialva, Sarandi, Foz do Iguaçu, Cianorte, Campo Mourão, Londrina, Cambé, São Jorge do Ivaí, Porto Rico, Paiçandu e Janiópolis.

As buscas resultaram na apreensão de celulares, notebooks, pendrives, HDs externos, folhas de cheque, CNHs e cópias de CNHs, documentos de veículos, autos de infração de trânsito e multas, R$ 4,5 mil em dinheiro, armas (dois revólveres calibre 38, duas pistolas .380, uma espingarda calibre 38) e diversas munições. Além de anabolizantes, pássaros sem autorização ambiental, 50 quilos de pedras preciosas brutas, entre rubis, esmeraldas e alexandritas. Junto das pedras foram encontrados laudos de autenticidade, avaliação e análise emitidos por gemologistas, os quais avaliam os rubis e esmeraldas em R$ 1,5 milhão e alexandritas em US$ 1.759 milhão.

Foto: Polícia Civil

Entre os investigados estão despachantes, empresas de consultoria de trânsito e autoescolas. Quinze deles possuem antecedentes por crimes como embriaguez ao volante, afastar-se de local de crime para fugir da responsabilidade civil e penal, tráfico de drogas, estelionato, porte ilegal de arma de fogo, furto, falsificação de selo ou sinal público, uso de documento falso, dirigir sem CNH, associação criminosa, receptação e sonegação tributária.

A investigação iniciou-se há 9 meses, mas trabalha com levantamentos feitos desde o ano de 2018. A PCPR apurou a existência de 3,5 mil pontos fraudados. Muitos dos condutores indicados eram pessoas que já morreram.

O foco da ação não é apenas responsabilizar empresas envolvidas nos crimes, mas também pessoas comuns que oferecem suas CNHs para receberem pontuação, isentando de responsabilidade os verdadeiros infratores – evitando que estes tenham seus documentos suspensos ou cassados. 

O Detran/PR está dando apoio às investigações e estabelecendo novas rotinas para dar mais segurança aos seus sistemas com o objetivo de evitar este tipo de indicação de condutor fraudulenta.

Os suspeitos estão sendo investigados por falsidade ideológica e associação criminosa.

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