Com origem desconhecida, o cachorro quente é uma das comidas mais populares do Brasil, e essa comida inspirou o jovem empresário, João Mazzorca. O negócio começou quando o jovem João estava em Guaratuba surfando e foi parado por um menino perguntando se ele queria vender sua prancha. Então, observou um carrinho de cachorro quente, pedindo então o carrinho em troca. Voltou então da praia com o carrinho e mais 50 reais no bolso.

“Tudo começou em 1995… eu vi a possibilidade de trabalhar em Guaratuba, e acabei comprando um carrinho usado, e aprimorei ele e tive a felicidade de trabalhar até hoje no segmento de cachorro quente’’

Estabelecido em Guaratuba com dois carrinhos de hot dog, mais um emprego durante o dia, morando longe da família aproveitou uma oportunidade de voltar para Curitiba para estudar, e pensou em abrir uma lanchonete durante o dia, e estudar a noite. Só que segundo João não deu certo, e resolveu voltar a trabalhar a noite com o cachorro quente. Iniciando o famoso Pingo Dog.

“a marca Pingo Dog vem de um apelido da família, meu pai era chamado de pingo, meus tios também, e achei que identificava, nome pequeno que as pessoas gostam”

Dentre as dificuldades no negócio estão no material humano, pois tem pessoas que não compram a ideia, além de ter que lidar com os consumidores. Outro problema é que lidar com o crescimento das barraquinhas de hot dog, que segundo o “Bem Paraná” existem 477 estabelecimentos ambulantes que produzem o alimento.

“hoje em dia tem um carrinho de cachorro quente em cada esquina, antigamente o diferencial era maior, tinha o prensado que tinha chego na cidade, foi uma explosão de vendas”

Com o mercado de cachorros quentes em alta, o Pingo Dog resolveu inovar com o seu menu, trazendo vários nomes diferentes aos lanches, os nomes fazem referência a raças de cachorro, além de ter referências ao comportamento deles.

“Diferencial a gente tem com nomes de cachorro, que começa do ”vira lata” e vai para o “pitbull”, “rottweiler” e “dog alemão”, e esse foi um grande diferencial, que foi uma sacada que eu tive quando surgiu o mito que o Pitbull era bravo, e eu lancei a ideia que o Pitbull poderia ser prensado com frango e catupiry, e ai é sucesso até hoje”

O empreendedor faz um adendo sobre o pouco investimento do governo brasileiro, que segundo ele tem apenas o Sebrae como uma porta de entrada, mas essa ajuda é só para o início, depois vem os impostos caros, a falta de zelo para ajudar a viabilizar a marca. Segundo dados do “Pequenas empresas grandes negócios” 49% dos brasileiros desistem de abrir um negócio por conta da falta de capital.

“a maior dificuldade do cenário no Brasil, é que não tem ajuda do governo, ou tenho algum sonho de me tornar franquia, Sebrae é uma oportunidade, uma porta de entrada, mas é só o início porque os impostos são muito caros hoje e você não consegue uma ajuda de custo, para viabilizar a sua marca”

João também deixou uma mensagem para os atuais empreendedores e para os futuros, que segundo pesquisa feita pelo “Pequenas empresas grandes negócios” cerca de 66% dos brasileiros querem abrir o próprio negócio.

“com relação aos empreendedores do Brasil, acredito que eles tem que se unir, tentar ter algumas cooperativas, para poder ter poder de compra, tentar ver algo fora do país para poder trazer para cá, aprimorar dentro do cenário nacional, e com relação aos jovens que estão chegando, entender um pouco o mercado, entender o que é montar um negócio, e não se deslumbrar, hoje eu penso que as micro franquias são os melhores negócios, porque o retorno é mais rápido, a rentabilidade para você poder retribuir com  o seu franqueador é mais tranquilo, o franqueado trabalha mais tranquilo”

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