Eduardo Schroeder nasceu em Florianópolis, e foi criado em Maringá pela mãe funcionária pública e um pai autônomo na área de assistência técnica de computadores. Cresceu em meio aos primeiros computadores pessoais da década de 80. Acompanhando as lutas do seu pai ao empreender no Brasil. Teve a oportunidade de ter acesso aos primeiros modelos de PCs a desembarcarem no Brasil, e isto foi decisivo para a decisão de carreira que viria a tomar na década seguinte.
Nos últimos 6 anos de carreira, assumiu o lado empreendedor, tendo sido sócio de uma empresa nacional e fundado outras 3 startups. O aprendizado em cada uma dessas empresas e startups lapidaram sua carreira. A Tindin é uma plataforma mobile, desenvolvida exclusivamente para os sistemas operacionais Android e IOS.
A escolha pelos dispositivos móveis é estratégica para dar mobilidade ao uso dos meios de pagamento e produtos financeiros. Ou seja, a Tindin é uma Edfintech, que atua na intersecção entre Finanças, Educação e Tecnologia. Ou seja, ela é uma ferramenta educacional que ensina finanças de forma teórico-prática através de produtos financeiros reais simplificados para o público infanto-juvenil.
“Na Tindin pude aplicar tudo que aprendi e descobri ao longo dos últimos anos.”
Tudo começou há quase 8 anos, quando o Rafael (o filho), sucumbiu ao consumismo infantil. Ele tinha 3 anos e meio à época. Eduardo então, recorreu a literatura a fim de encontrar formas de combater o comportamento, e descobriu que a mesada educativa era uma opção. Na primeira oportunidade em que ele passou por uma vitrine levou Eduardo para dentro da loja, permitindo que ele escolhesse o brinquedo (Woody da franquia Toy Story), e quando estava prestes a ir para o caixa, negociou então a mesada (semanada), explicando que seria ele quem compraria o brinquedo.
“Ele topou. Por quase 4 meses ele poupou moedas, até conquistar seu objetivo. Ao longo deste período, brincávamos com as moedinhas, para que ele percebesse o progresso, ainda que lento, do ato de poupar. Foi dessa experiência com meu filho que surgiu o nome da startup. TINDIN é uma onomatopéia do tilindar das primeiras moedinhas poupadas pelo meu garoto. Tem significado e um sentido nostálgico. Posso dizer que a Tindin é resultado da vida de meu filho”.
O primeiro grande desafio da Tindin e de qualquer startup early stage (startups que estão em fase inicial) é a formação do time.
“Costumo comparar o processo de atração do time com a primeira venda, pois você terá que ser capaz de vender um sonho para um grupo de pessoas que vai ter que fazer sacrifícios em prol dele.”
Muitas pessoas sonham fundar uma startup de sucesso, mas pouquíssimas estão dispostas a pagar o preço. E quando falo em preço me refiro a trabalhar dia e noite, sem finais de semanas, por uma ideia que ninguém pode garantir que dará certo. E encontrar as pessoas certas dos pontos de vista: técnico, motivacional e cultural; capazes de suportar essa fase sombria de um negócio é como minerar toneladas de pedras em busca de uma única pepita. Ao longo do processo de mineração, Eduardo começou com praticamente 10 sócios (entre efetivos e potenciais) até chegar ao atual quadro societário com 2 sócios.
“e não vou mentir que a desistência de cada um deles ao longo do caminho me fez questionar se estava no caminho certo. Isso balança a gente. Porém, minhas experiências anteriores, sobretudo nos empreendimentos fracassados, foram fundamentais para me manter com os pés no chão. Talvez o maior inimigo do empreendedor inexperiente sejam a falta de paciência e as expectativas frustradas. Quando batemos cabeça algumas vezes, criamos calo. Atribuo aos meus “calos” não ter pensado em desistir dessa vez.”
Apesar de não haver concorrentes diretos, há produtos substitutos no mercado. Os principais são os cartões de mesada, que são basicamente cartões pré-pagos com layout para o público infantil. Também há aplicativos que se propõem a ensinar educação financeira, seja através de um repositório de mesadas, onde os usuários guardam dinheiro em prol de um objetivo, e resgatam tão logo alcancem; seja através de games, que procuram simular situações financeiras com dinheiro de brincadeira. Contudo, a Tindin foi a única que ousou miniaturizar um ecossistema financeiro real por meio de uma plataforma onde, através de um arranjo de pagamento, o público infanto-juvenil pode exercer na prática todas as decisões financeiras que precisará tomar na vida adulta, ou seja, decisões de: trabalho, poupança, investimento, consumo e empreendedorismo.
Por mais irônico que possa parecer, a maior dificuldade em ensinar finanças para crianças são os adultos. Muitos consideram que crianças são muito novas para aprender finanças ou acreditam que ensinar sobre o dinheiro as tornará mercenárias. É exatamente o contrário! Sem contato com o dinheiro, as crianças crescerão despreparadas para lidar com as decisões da vida adulta. Finanças só se tornarão um bicho de sete cabeças para adultos que não aprenderam sobre o tema na infância. Não é à toa que apenas um terço dos brasileiros são considerados financeiramente educados, segundo estudo internacional. Vamos mudar essa realidade!
Eduardo, deixa duas mensagens… Uma voltada para quem está com desejo de empreender, mas tem receio de sair da zona de conforto, a fim de colocar a sua “cara a tapa”no mercado para mostrar que não é necessário seguir o fluxo do mercado de trabalho:
“EMPREENDEDORES vocês são os verdadeiros heróis do nosso país! Não podemos continuar esperando que a classe política altere a realidade da nossa classe empreendedora. As chances de isso acontecer são mínimas. Precisaremos ser os vetores de mudança, apesar da classe política, para corrigir o rumo desse país que é hoje o paraíso dos rentistas, transformando-o no céu dos empreendedores. No mercado de hoje, a única maneira de sobreviver é matar seu próprio negócio a cada dia, reinventando-o. Há cada vez menos espaço para negócios estáticos e tradicionais, portanto, arrisquem, errem sempre que necessário. Mas errem rápido e corrijam rápido.
ESTUDANTES sejam bem-vindos a um maravilhoso [e assustador] mundo novo. Um mundo no qual seus 4 ou 5 anos de formação superior se tornarão obsoletos em igual ou menor período. Um mundo onde suas competências serão muito mais valiosas que seus diplomas. Encontre seu “por quê”, aquilo que te move, que tira você da cama e transforme isso no negócio da sua vida, pois vivemos em um mundo onde o propósito de uma empresa vale mais que seu portfólio. Estejam preparados para serem moldados por cada tropeço, e transforme cada um deles em uma vírgula, nunca em um ponto final.”
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